sábado, 6 de março de 2010

O esporte na neve

*Texto escrito para o Revertério

No Brasil não é nada comum ter gente acompanhando ou praticando esportes de inverno. Mesmo assim, o público aceitou bem as Olimpíadas de Inverno, que estão sendo realizadas em Vancouver no Canadá. Esportes diferentes e plasticamente belos ditam as tardes e noites de uma das maiores emissoras de televisão do país, tudo isso com uma audiência respeitável. A Rede Record apostou e acertou no alvo. Brasileiro gosta de esporte, seja ele qual for.

O interessante disso tudo é saber que o direito de transmissão das Olimpíadas de Inverno não foi comprado pela Record. A emissora dos bispos comprou as Olimpíadas de Londres 2012 e recebeu de brinde as de Inverno. Isso acontece sempre. O problema é que a Globo nunca se interessou em transmitir as Olimpíadas geladas. A Globo não quis ousar e, dessa vez, tomou um baile da Record.

Contudo, as Olimpíadas de Inverno não começaram bem. Antes mesmo da cerimônia de abertura, o atleta da Georgia Nodar Kumaritashvili faleceu nos treinos do luge. A pista, construída para ser a mais veloz do mundo, causava suspeita ao mundo. Nas competições que seguiram no local muitos acidentes aconteceram, sempre criando dúvidas se a pista era realmente segura. Felizmente não houve nenhum registro mais grave.

Ultrapassando o clima de tensão que ficou no ar, os canadenses conseguiram fazer uma bela prévia do que veremos na Inglaterra em dois anos. E o espírito olímpico já ressurgiu no mundo esportivo, contagiando o tropical Brasil, que se emociona com as coreografias no gelo, estuda as estratégias do xadrez gelado e observa as maratonas na neve.


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