quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Empolga, Brasileirão!

A vigésima oitava rodada do Campeonato Brasileiro vai servir para afirmar as chances de cada um dentro do campeonato. Contudo, os times que podem melhor se aproveitar da rodada de meio de semana são os cariocas Flamengo e Fluminense.

O Flamengo não dava pinta alguma de que iria brigar por alguma coisa nesse campeonato, mas de repente emendou uma série de bons resultados e o jogo contra o Vitória no Barradão pode colocar o time de novo na briga pela Libertadores ou, até mesmo, com muito otimismo, na briga pelo título.

O Fluminense parecia já estar rebaixado. E parece ainda mais a cada dia. Porém, a verdade é a seguinte: se o tricolor carioca estiver realmente disposto a brigar para não cair, é bom ganhar do Corinthians no Maracanã hoje. Eu, sinceramente, não acredito que o Fluminense escape da Série B do próximo ano, mas a chance é essa. Seria uma vitória para o time embalar e ir atrás do prejuízo e conseguir, quem sabe, esse milagre.

A rodada também é importantíssima para a briga entre São Paulo, Palmeiras e Atlético Mineiro pelo título. Mas pode ser também o adeus do Galo a essa disputa, pois o time mineiro é o único dos três que enfrenta um adversário fora dos seus domínios. E o Botafogo parece querer sair da zona, então pode ficar difícil para o Atlético Mineiro. Já São Paulo e Palmeiras não devem ter problemas contra Coritiba e Avaí, respectivamente.

Agora, é só sentar na frente da TV e acompanhar o Brasileirão, sem saber ainda o que vai dar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016: Até que ponto isso é bom?

Longe de ter sido contra a candidatura do Rio de Janeiro para ser a sede das Olimpíadas de 2016. Longe, também, de ter feito campanha em favor da cidade brasileira. Apenas acompanhei de longe, sem saber de fato se isso é bom ou ruim. Talvez seja esse o sentimento de quem tem consciência que os malefícios podem sobrepor os benefícios, mas também tem a certeza de que o povo brasileiro merece uma festa dessas.

No mais antigo debate entre razão e emoção, não há como se isolar em apenas um fator. Só se isola quem é ingênuo demais ou quem tem interesse no fracasso. Infelizmente foi assim que agiram alguns jornalistas. Uns torciam descaradamente contra a vitória do Rio, para um fracasso do governo Lula. E outros não escondiam a emoção do desejo de ver mais um evento de grande porte no Brasil. Poucos foram aqueles que colocavam os prós e contras, torcendo para que uma decisão acertada seja tomada.

A esperança pode ser a palavra-chave para um possível sucesso do Brasil nas Olimpíadas da próxima década. O Pan, que fora realizado na mesma cidade maravilhosa, trouxe, pelo menos é isso que os próprios brasileiros esperam, uma lição para os seus organizadores. Lógico que o Pan foi um teste e que esse teste foi válido. No entanto, foi dinheiro demais e o tal legado que pregaram tanto foi esquecido. Por isso, esperança é o que resta ao povo brasileiro, sem deixar de cobrar dos governantes para que a enorme quantidade de dinheiro investido não se dilua tão rapidamente.

Não tem como negar que o vídeo da campanha do Rio teve um apelo muito forte. Cores, povo, mistura, amor, alegria e todo esse blá-blá-blá que contagia de forma instantânea aqueles que são frios. Ponto para a enorme delegação brasileira. Até Paulo Coelho estava lá na Dinamarca nos representando. Os projetos estruturais são possíveis e solucionam os problemas da cidade. Mas não há um projeto do esporte em si. O que a gente pode perceber é que na decisão das Olimpíadas de 2016 o esporte foi deixado de lado. Foi analisado economia, a decisão teve muito de política, mas esporte não teve tanto peso assim. E o Brasil tem sete anos para repensar o esporte. Essa sim é uma missão difícil. Afinal, a parte mais importante dos Jogos Olímpicos é o esporte. Ou pelo menos deveria ser.

E tomara que o exemplo de Barcelona seja levado em conta pelos responsáveis por esse evento. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem representar uma mudança na forma que o dinheiro público é tratado no Brasil. As prioridades e os investimentos poderão ser bem enumerados. Ou não. Na pior das hipóteses, a gente vai fazer uma grande festa. E pagar por isso pelo resto da vida.